Estima-se que a perda auditiva afete cerca de 10% da população mundial, sendo a maioria induzida por ruídos extremamente altos. Com o passar do tempo este cenário tende a piorar no Brasil, não apenas pela poluição sonora das grandes cidades, mas também pela falta de protetores auditivos e fiscalização eficiente nos locais de trabalho.

    Contudo, a perda auditiva induzida por ruído (PAIR) não é a única ameaça nos dias atuais. Um novo estudo realizado por pesquisadores do Brigham and Women's Hospital (EUA) sugere que a alimentação também afeta a audição, principalmente das mulheres.

     

    A Pesquisa

     

    Estudos anteriores analisaram como nutrientes específicos afetam o risco de desenvolver perda auditiva, mas a relação entre dieta e o risco não era clara. Em um novo estudo, pesquisadores do Brigham and Women's Hospital acompanharam e examinaram 70.966 mulheres durante 22 anos para descobrir a relação entre três dietas diferentes e o risco de desenvolver perda auditiva:

    A Dieta Mediterrânea Alternativa (AMED):Envolve uma ingestão elevada de frutas e vegetais, grãos, batatas, azeite e sementes; ingestão de peixe moderadamente alta; baixo consumo de gordura saturada, leite e carne vermelha; e consumo de regular a moderada de vinho tinto

    Abordagens Dietéticas para Parar a Hipertensão (DASH): Muito rica em frutas, verduras e legumes (quatro a cinco porções, ou seja, o que caba na sua mão, diariamente). Além disso, a dieta DASH preconiza o consumo de três porções de oleaginosas por semana. Ela ainda indica o consumo de carnes magras (duas porções por dia) e leites e derivados (duas a três porções por dia).

    Índice Alternativo de Alimentação Saudável-2010 (AHEI-2010):Baseada em um consumo elevado de vegetais, frutas, cereais integrais, nozes e legumes, gorduras ômega-3 e ácidos graxos, ingestão moderada de álcool e pouquíssimo consumo de bebidas adoçadas com açúcar, carne vermelha e processada, gordura trans e sódio.

    Neste estudo longitudinal, os pesquisadores coletaram informações detalhadas sobre a ingestão alimentar a cada quatro anos e descobriram que as mulheres cujas dietas mais se assemelhavam aos padrões alimentares AMED ou DASH tinham um risco aproximadamente 30% menor de perda auditiva moderada ou grave, comparadas aquelas que não seguiam as dietas.

    Além disso, de acordo com uma segmentação do estudo com 33.000 mulheres que cederam informações detalhadas relacionadas à audição, o risco de perda auditiva pode ser ainda maior que 30% se a alimentação for mais parecida com a dieta AHEI-2010."Curiosamente, observamos que aqueles que seguem uma dieta saudável geral têm um menor risco de perda auditiva moderada ou grave", disse Sharon Curhan, epidemiologista da Divisão de Medicina de Rede da BWH, e primeiro autor do estudo.

    "Comer bem contribui para uma boa saúde geral e também pode ser útil para reduzir o risco de perda auditiva". 

    Fonte: https://medicalxpress.com/news/2018-05-healthy-diet-loss-women.html

     

    Destaque

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