É um fato que todos os aprendizados e acontecimentos em nossa vida influenciam na forma que nosso cérebro realiza as conexões celulares, tomando formas distintas de acordo com a área mais exercitada. Neste contexto, o cérebro de uma pessoa que tem deficiência auditiva se difere do cérebro de alguém que não a possua, já que seu lóbulo frontal se esforça muito mais para tentar ouvir os sons que a rodeiam.
A Pesquisa
Realizada pelo professor Anu Sharma (dentre outros), do Departamento de Fala, Linguagem e Ciências Auditivas do Colorado (EUA), a pesquisa tinha como objetivo provar que o cérebro se reorganiza na presença da perda auditiva unilateral.
Para isso, os pesquisadores escanearam o cérebro de pessoas com perda auditiva leve e descobriram que mesmo após três meses do desenvolvimento dessa deficiência o cérebro começa a se reorganizar, dando mais destaque para a visão e tato.
“Nesta fase a reorganização do cérebro está acontecendo, e nós podemos ver que quanto mais a compreensão da fala piora, mais os outros sentidos predominam. Isso é motivo para refletirmos, uma vez que muitas pessoas têm sinais de redução de audição por volta dos 40 anos de idade” – Anu Sharma.
Aparelhos auditivos podem ajudar
Segundo o professor Anu Sharma, o uso de aparelhos auditivos podem contribuir muito com a redução do esforço que o lóbulo frontal de pessoas com deficiência auditiva (mesmo a leve) realiza para ouvir, podendo assegurar uma audição normal para o usuário além de reduzir um possível cansaço que venham a ter no dia a dia, já que encontram-se constantemente em estado de atenção para suprir a perda auditiva.
Fonte: https://www.hear-it.org/hearing-loss-causes-changes-brain