Mais de 30 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de lesões no ouvido todos os anos. Se inadequadamente tratada, a perda auditiva resultante pode restringir severamente a qualidade de vida dos pacientes.

Lesões menores podem ser tratadas pela aplicação de silicone ou tiras de papel - rachaduras maiores exigem até transplante de tecido. No entanto, os tecidos podem desatar. A inflamação pode levar à dissolução prematura dos transplantes ou prejudicar permanentemente o canal auditivo como resultado de cicatrizes. Então, a cirurgia subseqüente se torna necessária, o que coloca o paciente sob pressão renovada.

Em cooperação com o Hospital Universitário de Saarland, o INM (Leibniz Institute For New Materials) desenvolveu estruturas adesivas bioinspiradas para o tratamento de lesões do tímpano. As estruturas adesivas devem agora ser transferidas para um produto biomédico.

Em um estudo de viabilidade com o Hospital Universitário de Homburg, na Alemanha, testamos nossas estruturas adesivas em tímpanos de ratos. Elas aderiram de forma confiável sem descascar ou soltar", explica Eduard Arzt, chefe da Divisão de Programas de Microestruturas Funcionais e Científicos. Diretor no INM.                

Graças às excepcionais propriedades adesiva do material, que recobre as rachaduras (e espera-se que o micropadrão melhore o processo de cicatrização), a remoção pode ser feita após uma cicatrização bem-sucedida sem causar novas lesões ao tímpano.                              "

O novo material é macio e adaptável. É fácil e rápido de aplicar no tímpano. Esperamos que as internações hospitalares sejam significativamente mais curtas e as complicações sejam mais raras. Estamos, portanto, muito confiantes de que encontraremos um mercado para este produto", disse o professor Schick, diretor do Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário.
  

Próximos passos   
            

Após um ano e meio de trabalho com o projeto STICK2HEAL (tradução livre Colar para Curar), o INM recebeu um Certificado de Concessão de Conceito (PoC) e planejam realizar avaliações técnicas e pré-clínicas para receberem a aprovação de seu novo material como um produto médico, bem como, analisar mercados potenciais para curativos e identificar parceiros de cooperação na indústria e hospitais.              

Além do reparo do tímpano, o projeto STICK2HEAL abre um amplo campo de aplicação para materiais que devem aderir ao corpo sem cola, por um período limitado de tempo. 

Fonte: https://medicalxpress.com/news/2019-04-eardrum-injuries-adhesive-medical-applications.html