O processo auditivo não se limita apenas aos ouvidos, ele acontece também no cérebro. Enquanto os ouvidos captam os sons do ambiente, o cérebro é responsável por processar essas informações e atribuir algum significado a elas. A ligação entre a audição e o cérebro, faz com que a falta (ou deficiência) de um afete diretamente o outro.
Neste contexto, um estudo norte americano descobriu que idosos com deficiência auditiva não tratada correm grande risco de queda, demência, depressão, e outras doenças.
O estudo
Os pesquisadores da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, nos Estados Unidos, obtiveram seus resultados após analisarem informações da OptumLabs Data Warehouse, um grande conjunto de dados voltados para cuidado de saúde, incluindo mais de 150 mil recursos administrativos de 1999 a 2016 para adultos com 50 anos de idade, ou acima disso, inscritos em plano de saúde particular americano e em planos de benefícios da Medicare. Os participantes foram observados entre os intervalos de 2, 5 e 10 anos.
Através dessa análise os pesquisadores concluíram que idosos com deficiência auditiva não tratada têm uma estimativa de 50% a mais de risco de demência (3,2 vezes mais), 40% de risco elevado de depressão (6,9 vezes mais) e quase 30% de grande risco de queda (3,6 vezes mais), quando comparados às pessoas sem deficiência auditiva.
Um pouco além
Além das complicações citadas anteriormente, o estudo mostrou também um aumento de 30% de risco de se ter ataque vascular cerebral (AVC), como também 36% de aumento de risco de infarto do miocárdio, entre participantes com deficiência auditiva não tratada, comparado às pessoas sem deficiência auditiva.
Fonte: https://www.hear-it.org/higher-risk-dementia-and-depression-untreated-hearing-loss